24 de Nov de 0024

Parlamento grego homenageia Nelson Mandela
Parlamento grego homenageia Nelson Mandela

Parlamento grego homenageia Nelson Mandela

Atenas, Grécia (PANA) – Nelson Mandela continuará a ser um líder e uma fonte de inspiração para as gerações futuras, declarou o presidente do Parlamento grego, Nikolaos Voutsis, durante uma cerimónia organizada, quarta-feira, em Atenas, por ocasião do 100º aniversário do nascimento do líder africano. A ação de Mandela e o seu impacto ultrapassaram as fronteiras de África, não foi apenas um combate na luta contra o regime do Apartheid, mas também na concretização dos direitos humanos em todo o mundo, acrescentou Voutsis.

Ele sublinhou igualmente que Nelson Mandela « enquanto primeiro Presidente negro da África do Sul, nunca baseou a sua política na vingança. Ele projetou um futuro novo para o seu país, baseado na reconciliação, e tentou contribuir para a construção de uma identidade sul-africana única para os Negros e os Brancos”. Este evento foi coorganizado pelo Parlamento grego e pela Embaixada da África do Sul em Atenas com a participação do vice-ministro grego dos Negócios Estrangeiros, dos embaixadores e das delegações diplomáticas de muitos países, mas também de uma multidão de pessoas.

Para Voutsis, « hoje em dia, as lições tiradas da vida e do trabalho de Mandela têm uma grande atualidade. Elas agem como uma fonte de inspiração na luta contra as desigualdades ».

Durante este evento, foram lidos trechos do livro « Cartas de Prisão de Nelson Mandela » pelo ator e encenador Dimitri  Lignadis. As cartas de prisão  são uma seleção de 255 cartas enviadas por Mandela à sua família durante os 27 anos de encarceramento, escritas na solidão das celas e que esclarecem sobre aspetos desconhecidos da personalidade íntima de Madiba.

Falecido a 5 de dezembro de 2013, em Joanesburgo, Nelson Mandela foi um dos líderes históricos da luta contra o sistema político institucional de segregação racial (Apartheid) antes de se tornar  Presidente da República da África do Sul, de 1994 a 1999,  no termo das primeiras eleições nacionais não segregacionistas da história do país.