“É preciso que haja arrependimento da má trajectória que o país teve, e pensamos que aquele que tira aquilo que não é dele no bom senso quando o dono pede deve devolver e é isso que temos que fazer“,
Por: Rafael Sadi
Sua Eminência Bispo Dom Afonso Nunes – Personificação do Profeta Simão Toco e Líder espiritual da Igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo no Mundo – Os Tocoistas, desafiou no domingo dia 21 de Abril, na localidade de Catete, município de Icolo e Bengo, os filhos e filhas de Angola que por ganância desviaram bens do erário público a procederem a sua devolução aos cofres do Estado, como formas de vincarem o seu patriotismo.
Ao proferir a homilia no culto alusivo ao 84º aniversário da Teofania em Catete, que os fiéis tocoístas assinalam todos anos no dia 17 de Abril, apelou ao arrependimento dos servidores públicos que assim procederam, e disse que a devolução é a melhor forma de beneficiarem o povo.
De acordo Sua Eminência, Angola atravessa um momento importante, à semalhança de África, daí que deve haver uma reflexão profunda sobre o quanto o povo foi prejudicado com certas acções levadas a cabo, como os desvios do erário. Para o Líder Espiritual, é necessário que todos vivam em união e entendimento para a construção de uma Angola nova e com mentalidades construtivas.
“É preciso que haja arrependimento da má trajectória que o país teve, e pensamos que aquele que tira aquilo que não é dele no bom senso quando o dono pede deve devolver e é isso que temos que fazer“, sublinhou.
Referiu que a Igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo no Mundo apoia a luta levada a cabo pelo actual presidente da República, General João Manuel Gonçalves Lourenço, contra a corrupção, nepotismo e bajulação, apesar de considerá-la difícil.
O Líder Espiritual é de opinião que Angola não pode entrar no estado de pobreza em que está e isso implica uma mudança de paradigma na forma de governar, tendo sugerido que impere o diálogo entre os membros do Executivo e o povo. Considerou “um perigo quando existe um muro entre os dirigentes e povo, onde há falta de contacto entre os governantes e os governados”.
Nas demais intervenções de convidados ao acto, destacam-se as do Sr. Director provincial de Cultura e desportos, Manuel Sebastião, que afirmou no mesmo acto, que o santuário de Catete deve ser classificado como património nacional e imaterial. Referiu ser este um local histórico onde o profeta Simão Toco recebeu o sinal para iniciar uma trajectória de lutas e vitorias, por essa razão o mesmo não é só dos tocoístas, mas de todos os angolanos.
Por seu turno, o deputado da Unita, Rafael Savimbi, considerou que os 84 anos da Teofania é um momento ímpar da história de Angola. Realçou a dimensão humana e patriótica do profeta Simão Toco, porque os africanos como actores da historia do continente são os que devem escrever a mesma.
“Simão Toco é um personagem que, na galeria dos heróis africanos, também tem que entrar, porque também participou e deu tudo na sua vida para o continente fosse livre“, sublinhou.
Finalmente o Deputado do partido UNITA encorajou na ocasião a igreja para continuar a praticar o amor e a caridade entre os angolanos, pois se quer uma Angola melhor onde reine a concórdia e a justiça social.