22/10 – O bispo da Igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo no Mundo (Tocoista), Afonso Nunes, enalteceu hoje, domingo, em Luanda, as acções do Executivo angolano, viradas para o combate a corrupção e a impunidade.
Sua Santidade Bispo Don Afonso Nunes fez este pronunciamento à imprensa, a margem do culto de acção de graças alusivo ao 68º aniversário da primeira prisão do profeta Simão Gonçalves Toco no Congo Belga ( RDC) que se assinala a 22 de Outubro. De acordo com Sua Santidade, pelo sofrimento que os Tocoistas tiveram que passar para que os angolanos em particular e os africanos em geral pudessem trilhar os caminhos da liberdade, não podem mais tolerar com a existência de governantes corruptos.
Neste contexto, encorajam o Executivo liderado pelo Presidente da República, João Lourenço, a continuar nesta senda de combate sem tréguas a todos ao actos de corrupção de forma a que o pais possa viver num clima de harmonia, concórdia e justiça social. Frisou, por outro lado, a necessidade de haver apenas uma voz de comando em que a linguagem seja a mesma tanto nas estruturas centrais, assim como nas provinciais e municipais.
” Nós Tocoistas, pela nossa trajectória histórica, não toleraremos que algum responsável ponha obstáculos aos projectos sociais e espirituais da Igreja só porque pretenda obter benefícios próprios em prejuízo da sociedade em geral ”, referiu. Questionado sobre a data que hoje (domingo), se assinala, o Líder dos Tocoístas afirmou que há 68 anos, os colonialistas belgas tentaram impedir a actividade da Igreja Tocoista que estava a dar os seus primeiros passos e por essa razão prenderam o dirigente dessa agremiação.
Frisou que as autoridades belgas pretendiam intimidar os fiéis, mas em contramão viram que milhares de seguidores e não só corriam para ir se entregar a fim de serem igualmente presos com o dirigente dos Tocoistas enchendo as cadeias de Leopoldville (actual Kinshasa), facto que provocou admiração a todos. Realçou que a Igreja reuniu-se neste domingo, com o intuito de fazer uma reflexão sobre as consequências desse dia e as mortes que aconteceram e as cadeias e transferências sucessivas a que foi sujeito o profeta Simão Gonçalves Toco de 1949 a 1980.
O Bispo Don Afonso Nunes, aproveitou a ocasião para apelar as autoridades de direito para que se dê o devido respeito a Igreja Tocoista, por constituir uma congregação que sempre lutou pela libertação dos angolanos e onde se manifestou o sentimento patriótico e nacionalista. Pediu que seja concedido mais espaço aos órgãos de comunicação social para a divulgação das suas mensagens como força actuante da sociedade. De igual modo, disse que a congregação está a preparar as celebrações do Centenário do Profeta Simão Gonçalves Toco que se assinala em Fevereiro do próximo ano, pedindo ao Executivo apoios para esta data.
Sublinhou que Simão Toco destacou-se como nacionalista e verdadeiro filho de Angola, facto que deve constituir referência por parte de todos os amantes da justiça e da liberdade neste país. Pontualizou que a Igreja Tocoista irá continuar a resistir a todas as tentativas desestabilizadoras, assim como pretende lutar pelo enaltecimento e reconhecimento do seu fundador, o profeta Simão Toco.